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Nos últimos anos, o mercado de marketing digital no Brasil tem passado por uma grande transformação, e dentro desse cenário, a profissão de gestor de tráfego ganhou destaque. Entretanto, assim como ocorreu com os coaches há alguns anos, a profissão de gestor de tráfego tem sofrido um processo de degradação e banalização.
Quando o coaching surgiu no Brasil, ele foi rapidamente abraçado como uma solução para o desenvolvimento pessoal e profissional. Os primeiros profissionais da área, geralmente, possuíam uma sólida formação e um profundo entendimento de métodos de desenvolvimento humano. Contudo, com o tempo, o termo “coach” passou a ser usado de forma indiscriminada. A popularização dos cursos rápidos e das certificações simplificadas fez com que muitos profissionais entrassem no mercado sem a devida experiência, prometendo resultados milagrosos sem uma base sólida para sustentá-los. Esse fenômeno acabou desvalorizando a imagem do coaching, transformando-o em uma espécie de “moda” passageira e gerando desconfiança em relação à real eficácia desse tipo de serviço.
Hoje, vemos um processo semelhante acontecendo com os gestores de tráfego. Há alguns anos, quando essa profissão começou a ganhar visibilidade, a demanda por profissionais especializados em criar e gerenciar campanhas pagas no Google, Facebook e outras plataformas era alta. A função desses gestores era essencial para muitas empresas que desejavam aumentar sua presença digital de forma estratégica, otimizar investimentos e gerar resultados consistentes. A tarefa exigia conhecimento técnico, análise de dados, e uma compreensão aprofundada de métricas e comportamento do consumidor.
Entretanto, assim como aconteceu com os coaches, o mercado de gestão de tráfego começou a atrair um número crescente de pessoas buscando uma forma rápida de entrar no mercado digital. Com a explosão de cursos online que prometem ensinar a “ganhar dinheiro gerenciando tráfego” em poucos dias ou semanas, surgiram muitos profissionais sem experiência prática, que vendem promessas de resultados grandiosos sem uma compreensão real das complexidades do marketing digital. Isso gerou uma saturação de gestores de tráfego no mercado, muitos dos quais acabam competindo apenas por preço e oferecendo serviços de qualidade duvidosa.
Essa degradação da profissão impacta diretamente a percepção de valor do serviço de gestão de tráfego. Muitas empresas que contratam esses profissionais esperam milagres em curto prazo, baseadas nas promessas que veem em propagandas, e acabam se frustrando com resultados que não correspondem às expectativas. Essa insatisfação, por sua vez, acaba desvalorizando ainda mais a imagem da profissão, assim como aconteceu com os coaches.
O paralelo entre gestores de tráfego e coaches é claro: ambos iniciaram como soluções legítimas e promissoras no mercado, mas, com a popularização desenfreada e a falta de preparo de muitos novos profissionais, passaram a ser vistos de forma generalizada e negativa. Para aqueles que realmente desejam construir uma carreira sólida como gestores de tráfego, é fundamental investir em formação contínua, acumular experiência prática e se diferenciar por meio de resultados consistentes e éticos, resgatando a confiança e a credibilidade da profissão no mercado.
Além disso, é importante ressaltar que, para vender na internet, o gestor de tráfego é apenas uma parte da engrenagem. O sucesso de um processo de vendas online depende de outras especialidades, como copywriting, design persuasivo, estratégias de funil de vendas, automação de marketing, e uma análise de mercado bem feita para cada segmento. O gestor de tráfego pode trazer visitantes para uma página, mas é necessário um trabalho conjunto para converter esses visitantes em clientes. Cada empresa tem suas particularidades, e o desenvolvimento de um processo de vendas eficiente requer uma equipe multidisciplinar, capaz de ajustar a estratégia de acordo com as necessidades e objetivos específicos de cada negócio. Somente dessa forma é possível construir uma estratégia de vendas robusta e sustentável no ambiente digital.
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